Lar doce Villa Nostra

Lar doce Villa Nostra

No passado os chamados “asilos” eram muito mal vistos pela sociedade, pela profunda tristeza e melancolia. Os idosos sem perspectivas.

Vistos como locais de verdadeiro abandono.

Um lugar que até os dias de hoje muitos de nós, nem pensamos nessa decisão porque achamos que essa atitude é absurda, ou temos medo ou receio de que nossos familiares e amigos nos julguem. Geralmente é bem isso que acontece.

Eu compartilhava dessa opinião, tudo isso até viver minha própria experiência.

Tudo começou em 2007, quando tivemos que cuidar da minha avó em casa. No início nos dividíamos para banho, comida, cadeira de rodas, troca de fraldas, curativos e remédios. Mas com o tempo tudo foi ficando mais difícil. 

Muito triste perceber isso.

Ao mesmo tempo que nos aproximou fisicamente, nos distanciou psicologicamente. Pois era uma invasão de privacidade e toda nossa família já estava exausta;

Até que nos falaram sobre a possibilidade de colocá-la numa casa de repouso, e lógico que demos a primeira negativa, diga-se de passagem, bem enfática!

Fomos buscar informações sobre valores para cuidarem da nossa vó na nossa própria casa, entretanto precisava de: uma profissional fixa, uma para dormir e outra folguista, ou seja, Alto custo e baixa qualidade na assistência técnica.

Depois de muito relutarmos, chegou o dia em que a acompanhamos no novo lar. Os horários de visitas estabelecidos pela casa eram muito ruins e limitados. Mas percebemos que estava recebendo melhores cuidados, na verdade da maneira correta com profissionais direcionados para aquela finalidade, totalmente diferente do que fazíamos em casa.

Esse cenário nos mostrou que valia a pena:

  • Os cuidados de enfermagem;
  • A presença semanal do médico  (que em casa tínhamos que pagar consultas particulares todo mês);
  • Os exercícios de fisioterapia frequentes para não sentir mais dores;
  • Alimentação balanceada por nutricionistas;
  • Terapia ocupacional

Hospedá-la em uma casa de repouso trouxe maior conforto, segurança e cuidados técnicos sem deixar de lado nossa convivência e carinho, pois a visitávamos com a mesma frequência, como se ela estivesse na sua própria casa. Ela até participou do batizado da nossa primeira filha, já morando na casa de repouso.

Por experiência própria posso entender os dois lados, lidamos com medos, dúvidas, desconfianças e o preconceito da sociedade. Em contrapartida, a casa de repouso nos trouxe o alívio e melhorou o convívio familiar. Portanto escolha por este trabalho, deixou de ser chamado de “trabalho”, para ser chamado de uma grande e emocionante história de vida!

Hoje na Villa há um espaço dedicado para a minha avó. Um de nossos diferenciais são as visitas livres, porque além da humanização a proximidade familiar é extremamente relevante pra nós.

Obrigada a todos os familiares pelo nosso convívio!

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